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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Medula Espinhal.

ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINHAL

Medula Espinhal

I. Generalidades

A Medula Espinhal (ME) e seus nervos associados têm imensa importância funcional.

Essas estruturas atuam para:

Receber fibras aferentes, oriunda de receptores sensoriais de tronco e membros

Controlar os movimentos de tronco e membros

Fornecer inervação autonômica para a maioria das vísceras

Também é um centro reflexo.

II. Conceito

É o órgão mais simples do SNC, localizado dentro do canal vertebral (não o ocupando totalmente) e que mede aproximadamente 45 cm. Trata-se de uma estrutura que pouco se modifica desde sua formação embrionária. É um órgão aproximadamente cilíndrico, porém levemente achatado anteriormente.

III. Alguns termos importantes

1 - Decussação

Formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano mediano.

2 - Comissura

Formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam transversalmente o plano mediano.

3 - Fibras de Projeção

Associam pontos distantes, em órgãos diferentes. Ex: pedúnculos cerebelares.

4 - Fibras de associação

Associam pontos distantes , mas sem abandonar o mesmo órgão. (dentro da mesma estrutura).

IV. Morfologia externa

1- Limites

1.1 - Superior

Plano horizontal que passa acima da primeira raiz nervosa do primeiro nervo espinhal (bulbo) que passa ao nível do forame magno.

1.2 - Inferior

Termina em nível de L1 à L2.

2 - Dilatações

O diâmetro da ME varia muito em diferentes níveis. Apresenta duas dilatações, formadas pelo maior número de corpos de neurônios e fibras nervosas que formam os plexos.

2.1 - Intumescência cervical

É a dilatação da medula espinhal na região cervico-torácica devido o aumento do número de neurônios cujas fibras nervosas vão constituir os nervos destinados ao pescoço e membros superiores (plexo braquial). Estende-se de C3 à T1.

2.2 - Intumescência lombar

É a dilatação da medula espinhal na região lombossacral devido o aumento do número de neurônios cujas fibras nervosas vão constituir os nervos destinados aos membros inferiores (plexo lombossacral). Estende-se de L1 a S2.

3 - Cone medular

Extremidade caudal da ME em forma de cone.

4 - Fio terminal

É um prolongamento da pia-máter que estende-se do cone medular até o fundo do saco dural.

5 - Filamento da dura- máter espinhal

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É a continuação do fio terminal quando ultrapassa o saco dural.

6 - Cauda eqüina

Raízes nervosas dos últimos nervos espinhais ( de L2 a S4 ).

7 - Sulcos

A superfície da ME é marcada por uma série sulcos longitudinais:

7.1 - Fissura mediana anterior

Na superfície anterior.

7.2 - Sulco mediano posterior

Na superfície posterior.

7.3 - Sulcos lateral anterior

Saída das raízes ventrais dos nervos espinhais.

7.4 - Sulcos lateral posterior

Entrada das raízes dorsais dos nervos espinhais.

7.5 - Sulco intermédio

Na superfície posterior, estendendo-se dos níveis cervicais superiores até os torácicos médios.

8 - Funículos

A substância branca circundante é formada, em sua maior parte, por fibras nervosas de curso longitudinal, ascendendo da ME para o encéfalo, ou descendo do encéfalo para os diferentes níveis da ME.

8.1 - Anterior - entre a fissura mediana e o sulco lateral superior.
8.2 - Lateral - entre sulcos lateral anterior e posterior.
8.3 - Posterior - entre sulcos lateral posterior e mediano posterior.

Subdividido em ( de C1 até C6 ) :

8.3.1 - Fascículo grácil
8.3.2 - Fascículo cuneiforme

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9 - Substância Cinzenta

Tem a forma de um “H”, com 4 protusões, os cornos (pontas).

9.1 - Cornos posteriores

Local principal de terminação das fibras aferentes. Ela inclui a substância gelatinosa, que tem participação importante na transmissão de impulsos nociceptivos para o encéfalo.

9.2 - Cornos anteriores

Corpos celulares dos neurônios motores inferiores, que inervam os músculos estriados.

9.3 - Cornos laterais

Neurônios pré-ganglionares simpáticos. De T1 a L2 e parte sacral.

Anatomia Macroscópica da Medula e seus Envoltórios

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Secção transversal esquemática da medula espinhal

V. Envoltórios medulares (meninges)

1 - Conceito

São três revestimentos meníngeos concêntricos. Membranas de tecido conjuntivo fibroso.

2 - Tipos

2.1 - Dura-máter

Paquimeninge - o revestimento mais externo. É uma membrana grossa e fibrosa - fibras colágenas.

2.1.1 - Saco dural - termina próximo em nível da vértebra S2.

2.1.2 - Filamento da dura-máter espinhal - é o fio terminal assim que atravessa o saco dural.

2.1.3 - Ligamento coccígeo - fixa tanto a ME quanto o saco dural.

2.2 - Aracnóide

Leptomeninge - intermediária. É uma membrana translúcida que reveste a ME como se fora um saco frouxo.

2.2.1 - Trabéculas aracnóideas

Rede filamentosa de fibrilas de tecido conjuntivo formada pela união da aracnóide pela pia-máter no período embrionário.

2.3 - Pia-máter

Leptomeninge - revestimento mais interno. É uma fina membrana vascular, intimamente aplicada à superfície da ME e de suas raízes nervosas.

2.3.1 - Ligamentos triangulares - ancoram a ME à aracnóide e, por meio desta, à dura-máter.

2.3.2 - Ligamentos denteados dois ligamentos formados pela união dos ligamentos triangulares.

3 - Espaços entre as meninges

3.1 - Epidural (extra-dural)

Entre a duramáter e o periósteo do canal central vertebral contém gorduras e vasos sanguíneos.

3.2 - Sub-dural

Entre a dura máter e aracnóide (pouco líquido).

3.3 - Subaracnóideo

Entre a aracnóide e a pia- máter (contém líquido cérebro-espinhal - Líquor); mais importante - explorado clinicamente na região lombar (punções, medida de pressão, anestesias raquidianas, mielografias).

VI. Nervos espinhais

1 - Conceito

São cordões esbranquiçados que emergem da medula espinhal e através dos forames intervertebrais deixam a coluna vertebral. São em número de trinta e um (31) pares responsáveis pela inervação do tronco, dos membros e de parte da cabeça.

2 - Formação: o nervo é composto de duas raízes:

2.1 - Raiz dorsal - sensitiva, fibras aferentes (posterior).

2.1.1 - Gânglio sensitivo ( corpos de neurônios ).

2.2 - Raiz ventral - motora, fibras eferentes (anterior).

2.3 - Tronco do nervo : da união da raiz dorsal com a raiz ventral, forma- se o tronco do nervo espinhal. Imediatamente após saírem dos forames intervertebrais, se dividem para formar.

2.4 - Ramo dorsal (posterior e fino) - inervará a pele e musculatura do dorso.

2.5 - ramo ventral (anterior e bem mais grosso ) - Inerva os músculos, a pele da parte anterior do corpo e os membros.

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Ambos os ramos são funcionalmente mistos.

3 - Distribuição em pares:

Cervicais -8
Torácicos - 12
Lombares - 5
Sacrais - 5
Coccígeo - 1

VII. Topografia vertebromedular

1 - Conceito de segmento medular

Porção onde ocorre a conexão da medula com os filamentos radiculares. Cada porção da ME da onde origina um par de nervos espinhais.

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2 - Crescimento da coluna vertebral em relação ao da medula espinhal.

2.1 - Fetal- do tamanho da coluna vertebral
2.3 - Nascimento- na altura de L3
2.4 - Adulto- na altura das L1 e L2

3 - Interpretação da topografia vertebro-medular:

3.1 - Entre C2 e T10 - soma-se 2
3.2 - Entre T11 e T12 - corresponde aos cinco segmentos lombares
3.3 - Na vertebra L
3.4 - Na vertebra L2

4.1 - Tratos ascendentes (sensitivos)

Conduzem impulsos sensitivos aferentes, dos receptores periféricos para os centros encefálicos; todos cruzam a linha mediana.

4.1.1 - Fascículos Grácil e Cuneiforme: Sentidos de posição dos ossos, das articulações e dos músculos (propriocepção consciente), estereognosia e sensibilidade vibratória e tato epicrítico (fino).

4.1.2 - Tratos espinotalâmicos : dor, temperatura, tato, pressão.

4.1.3 - Tratos espino-cerebelares: propriocepção inconsciente.

4.2 - Tratos descendentes (motores): levam o impulso do cérebro para os neurônios motores que regulam a musculatura esquelética.

4.2.1- Tratos Piramidais (Córtico- espinhais) : originam-se de células piramidais no córtex do giro pré-central e passam pelas pirâmides do bulbo; controle voluntário dos músculos esqueléticos , especialmente movimentos de precisão.

4.2.2- Tratos extrapiramidais: Originados de vários núcleos do tronco encefálico; modificam as contrações musculares para a postura em equilíbrio.

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Fonte: www.cefid.udesc.br

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